quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

A mudança da Ceagesp é mesmo necessária?

Um bom negócio imobiliário, sem dúvida. Já o benefício para a cidade, isso é bem mais discutível...

Por Pedro Mendonça * e Raquel Rolnik** O futuro do edifício da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp) na Vila Leopoldina, na zona oeste, está em discussão. Só n…

sábado, 16 de dezembro de 2017

Vai a pé ou vai de carro? A expropriação do espaço público pelo automóvel - Socialista Morena

Questões urbanas vão ganhando cada vez mais atenção de ativistas em geral, não apenas de urbanistas e afins. É um ótimo sinal para quem quer que defenda cidades mais democráticas e justas.

Foi preciso um trabalho de propaganda ideológica para fazer uma pessoa sentada num carro ser vista como mais respeitável do que alguém andando com as próprias pernas

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Rádio Bandeirantes

Entrevista que eu concedi este domingo à Rádio Bandeirantes sobre o meu doutorado, em que discuto os retratos da urbanização paulistana presentes nos sambas de Adoniran Barbosa, Geraldo Filme, Paulo Vanzolini e outros. Muito oportuno, inclusive, porque veio ao ar na mesma semana em que um pesquisador americano mostra relações semelhantes entre urbanização e rap em Nova Iorque. Vale a pena conferir.

BANDEIRANTES ACONTECE O arquiteto e urbanista Marcos Virgílio da Silva utilizou sambas como "Saudosa Maloca", de Adoniran Barbosa, para analisar as transformações de São Paulo nas décadas de 1950 e 1960. O pesquisador conversou com o jornalista Leandro Gouveia no Bandeirantes Acontece sobre sua tese de doutorado para a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. #RádioBandeirantes

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Moradores de SP reclamam da falta de árvores na cidade - Notícias - R7 SP Record

No dia 14/set, o programa SP Record abordou a questão da carência de arborização na cidade de São Paulo. Eu fui entrevistado para a reportagem, tentando desvendar a desigualdade na distribuição de áreas verdes entre diferentes distritos da cidade, e o que fazer a respeito.

A quantidade de árvores em São Paulo é menor do que o recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Assista à matéria.

O que o hip hop tem a ensinar ao urbanismo, segundo este arquiteto

Eu não podia deixar de compartilhar esta matéria, pelas inúmeras afinidades com minha própria pesquisa. É interessantíssimo notar como os rappers novaiorquinos ressignificaram espaços que tinham sido degradados pelas intervenções urbanas de duas décadas antes. Por aqui o mesmo aconteceu, mas antes do rap, no nosso caso, teve o samba. ;-)

O intercâmbio entre o movimento cultural dos guetos e o planejamento das cidades é o foco do trabalho do americano Michael Ford

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

As discretas invasões da burguesia

Alguém seria capaz de imaginar uma situação dessas ser descrita como "invasão", causar indignação contra os "bandidos" e "vagabundos" e ser resolvida em reintegração de posse com ação policial e uso de bombas de gás, armas e tanques?

Clubes seletos. Bancos. Faculdades privadas. Grupo de Magistrados. Em SP, organizações privadas surrupiam áreas públicas. Mídia silencia e governador tolera

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Researchers Are Mapping the Racist Foundations of Minneapolis Housing Patterns

Nos EUA, o racismo está sendo posto a nu, explicitado e enfrentado abertamente. Não sei se vai ser resolvido, mas nomear o problema é sempre o primeiro e fundamental passo para resolvê-lo. A pior postura, ao meu ver, é fazer o que estamos fazendo no Brasil: fingir que não vê, esconder debaixo do tapete e acusar de "dividir" quem está simplesmente revelando o problema.

This project will edit a certain city narrative.

terça-feira, 18 de julho de 2017

6 Ways Affordable Housing Developers Are Fighting NIMBYism

Muitas pessoas se dizem favoráveis à construção de moradias populares... Desde que não seja muito perto delas. Vimos isso aqui em São Paulo, na época da discussão sobre o zoneamento. Bem, isso também ocorre em outros lugares, como os EUA, e lá esse tipo de movimento tem até nome: NIMBY ("Not in my back yard", ou "não no meu quintal"). Nesta matéria, uma pesquisadora expõe o que acredita ser uma forma de enfrentar esse problema.

And the case for nixing the NIMBY label altogether.

sábado, 24 de junho de 2017

Para retomar o projeto da Reforma Urbana

"O Brasil perdeu uma oportunidade de avançar na política habitacional integrada com a qualificação urbana. Investiu muito nos últimos anos, mas num programa comandado por empresas, que definem o que construir, onde, como, para quem, em função de regras minimalistas propostas por um banco, a Caixa Econômica Federal." Pela retomada da agenda de Reforma Urbana

Esquecido também nos anos do lulismo e oprimido pela especulação imobiliária, ele pode ressurgir nas ocupações, nos coletivos que exigem cidades sem cercas e nas universidades, diz pesquisador…

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Como o uso misto e a preservação de prédios históricos qualificam os bairros | TheCityFix Brasil

"(...) bairros mais antigos e de uso misto são mais caminháveis; pessoas jovens gostam e preferem morar em prédios mais velhos; a economia criativa prospera em bairros mais antigos e de uso misto; a vida noturna é mais ativa em ruas com uma variedade ampla de idades das construções; distritos mais antigos de negócios e de uso misto possuem maior densidade populacional, sem grandes alturas." Esperando que um dia os "nossos" representantes - atualmente representando apenas um pequeno grupo de investidores imobiliários e financeiros de visão extremamente pobre e reduzida - entendam o bem que faz para a economia a opção por preservar e reusar, em vez de demolir e reconstruir (quase sempre com pior qualidade).


segunda-feira, 12 de junho de 2017

Região da Luz em disputa: mapeamento dos processos em curso – Le Monde Diplomatique

Um vazio? Uma área sem vida? A chamada "cracolândia" sob um olhar mais cuidadoso do que o do noticiário sensacionalista, dos interesses imobiliários ou das políticas públicas autoritárias.

Para debater as ações desencadeadas pelo governo estadual e pela Prefeitura de São Paulo a partir do dia 20 de maio na região conhecida como cracolândia, no centro da capital paulista, lançamos neste momento mais uma série especial do Le Monde Diplomatique Brasil, exclusiva para versão digital. Com…

domingo, 11 de junho de 2017

O que aconteceu com as gigantes cidades fantasmas da China?

"As novas cidades da China, em todo o seu planejamento meticuloso, atentam contra princípios básicos da vida urbana. Impedem o desenvolvimento autônomo, baseado nas necessidades do dia a dia da população, ao mesmo tempo em que coíbem a criatividade espontânea oriunda de concentrações populacionais."

Quando pensamos em migração do campo para a cidade, imaginamos um movimento em busca de melhores condições de vida, motivado por necessidade ou pela ambição de um futuro mais promissor. Na China, no entanto, um processo de incorporação de mais de 250 milhões de pessoas a cidades, em apenas 20 anos,…

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Quatro maneiras como a pobreza pode afetar o cérebro

A interface cultura-biologia é sempre um tema complexo, polêmico e arriscado. A chance de escorregar em reducionismos e simplificações indevidas é enorme - especialmente em um momento em que muitos parecem querer evitar reflexões mais complexas em favor de palavras de ordem e respostas fáceis. A questão desta matéria parece ser especialmente importante em uma cidade como São Paulo, onde (ainda) se concentra uma enorme população de pobreza violenta - e que, dadas as inclinações dos nossos governantes atuais, só tende a se agravar - e que também tem sido mostrada, recentemente, como uma das cidades com maior concentração de pessoas portadoras de distúrbios psíquicos/psiquiátricos. Há exatamente um século atrás, a discussão científica nesse tema estava no tamanho da influência da hereditariedade ("raça") ou das condições de saúde ("higiene") na suposta "degenerescência" da população. Não precisamos retomar essa linguagem higienista-eugenista, mas a discussão de como condições extremas de sobrevivência ameaçam não apenas o bem-estar e o conforto das pessoas é fundamental. Até para desmontarmos os argumentos rasos de que pobreza é uma questão de "preguiça", "vagabundagem" e outros chavões do discurso da "meritocracia" (com muitas aspas)...

Neurociência tenta estabelecer vínculo direto entre situação precária de vida e deterioração cerebral....

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Política da Boa Vizinhança

Saíram os vídeos da minha participação no programa "Acontessência", no canal NGT. Para todos os que queriam assistir, aqui vai (quatro partes, também disponíveis no YouTube):

Já dizia Sartre que "o inferno são os outros". E a forma mais simples de descobrir isso é na convivência com os vizinhos. Da tradição de emprestar dois ovos ou uma xícara de açúcar às discussões por causa da vaga na garagem ou som alto madrugada adentro, a relação entre vizinhos

Quatro fatos que comprovam como limites de velocidade reduzidos geram cidades melhores | TheCityFix Brasil

Vou resumir, mas vale a pena ler inteiro. 1. Velocidades mais baixas salvam vidas (devia ser óbvio, mas se quiser dados mais concretos, leia). 2. Velocidades reduzidas não implicam necessariamente viagens mais longas (difícil de acreditar? Então confira). 3. Planejar a cidade para velocidades mais seguras promove comunidades mais saudáveis (porque nem tudo se resume a garantir o fluxo de automóveis) 4. Velocidades reduzidas beneficiam a economia (as coisas acontecem ao longo das vias, não apenas no ponto de chegada ou de partida)


quarta-feira, 3 de maio de 2017

Instituto Soluções Para Cidades

Esses rankings são sempre polêmicos, mas ao mesmo tempo sempre dão o que pensar - a começar pelos critérios de seleção. O que achou do resultado? Concorda com a avaliação da sua cidade?

Das 10 primeiras, 8 são paulistas.

sexta-feira, 31 de março de 2017

Zine - Como não gentrificar_1.pdf

Gentrificação, o complexo processo socioeconômico e territorial que marca a urbanização (e o urbanismo) contemporânos. Vale muito a pena a leitura!


quarta-feira, 1 de março de 2017

4 ways to make a city more walkable

4 formas de tornar a cidade mais "caminhável". Aqui não se trata de soluções projetuais pontuais, mas de uma concepção mais geral, que se viabiliza por planejamento urbano. Vale a pena ver.

Freedom from cars, freedom from sprawl, freedom to walk your city! City planner Jeff Speck shares his "general theory of walkability" -- four planning principles to transform sprawling cities of six-lane highways and 600-foot blocks into safe, walkable oases full of bike lanes and tree-lined streets...

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Cada árvore importa: cidades passam a priorizar a arborização urbana | TheCityFix Brasil

Já faz uns anos que eu tenho dito que a arborização em São Paulo tinha que ser tratada como uma questão urgente de saúde pública. Aqui mais argumentos para sustentar essa minha proposta.