quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Aos urbanófilos

Há um tempo adotei, junto com alguns amigos, o termo "urbanófilo" para designar a relação que estabelecemos com a nossa cidade de São Paulo. Como o urbanista da turma, profissionalmente falando, sou eu, gostei da ideia de adotar um outro título que não me distinguisse de todos os outros, viventes e usuários da cidade tanto quanto eu mesmo - se não até mais.
Cada um a seu modo, esses amigos trazem consigo lembranças de lugares especiais, suas próprias vivências inscritas em suas memórias, e claro que seus próprios pensamentos a respeito do que a cidade que conhecem e experimentam a cada dia é - e, muitas vezes, do que deveria ser.
Não cabe a mim concordar ou discordar, julgar ou avaliar: há lugares e situações adequados para um debate franco e em que as opiniões podem ser expostas e contrastadas de forma aprofundada e conseqüente. Mas não é neste blog. Inevitavelmente, exponho aqui o meu ponto de vista. Mas faço questão de mantê-lo como "mais um". Essa pluralidade é a primeira condição para a vida urbana.
Então, convido cada leitor deste blog a descobrir as cidades que aqui estão, as que estão nos outros blogs listados aqui (ao lado). E escrever/descrever/inscrever também sua própria cidade neste artefato virtual.
Aos amigos urbanófilos como eu, minhas saudações.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Canções urbanas (3)

A postagem de hoje é em homenagem à "degustaudição" (degustação + audição) realizada ontem no apartamento da grande amiga Juliana Serzedello, que teve como tema "Latinidad". Teve de tudo, claro, de Menudo a Quillapayún. Para mim, ficou a descoberta desta música interpretada pelo grupo Raíces de America em seu segundo disco.


La Ciudad

(Enzo Merino / Oscar Segovia / Frederico Góes)

De la ciudad llega el barulho
de la ciudad llega´l oído
llega´l oído, llega´l oído
Por la noche.

El viento las luces, la lunita
y la ciudad

Y los charanguitos tocando están
y los charanguitos
y los charanguitos mirando las ruas
de la ciudad

A las puertas de la vida
se van a tocar.

La gente camina en la soledad,
y ni sombras tiene
en la oscuridad
porque les falta, porque les falta
la voluntad

Pra quem se interessou, uma fonte para encontrar esta música é o "Boteco dos Bloggers": http://botecodosbloggers.blogspot.com/2009/05/raices-de-america-raices-de-america.html. Ou, claro, o site do grupo: http://www.raicesdeamerica.com

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Canções urbanas (2)

Música urbana 2
(Renato Russo)

Em cima dos telhados as antenas de TV tocam música urbana,
Nas ruas os mendigos com esparadrapos podres
Cantam música urbana,
Motocicletas querendo atenção às três da manhã
É só música urbana.
Os PMs armados e as tropas de choque vomitam música urbana
E nas escolas as crianças aprendem a repetir a música urbana.
Nos bares os viciados sempre tentam conseguir a música urbana.
O vento forte seco e sujo em cantos de concreto
Parece música urbana
E a matilha de crianças sujas no meio da rua
Música urbana.
E nos pontos de ônibus estão todos ali: música urbana.
Os uniformes
Os cartazes
Os cinemas
E os lares
Nas favelas
Coberturas
Quase todos os lugares
E mais uma criança nasceu.
Não há mentiras nem verdades aqui
Só há música urbana

domingo, 2 de agosto de 2009

A urbanização vista de baixo

Caros amigos, a elucidação dos pontos relacionais nos obriga à análise das condições epistemológicas e cognitivas exigidas. Acima de tudo, é fundamental ressaltar que a ética antropomórfica da famigerada escola francesa apresenta tendências no sentido de aprovar a manutenção da fundamentação metafísica das representações. Assim mesmo, a estrutura atual da ideação semântica exige a precisão e a definição do sistema de conhecimento geral. Ora, o novo modelo estruturalista aqui preconizado ainda não demonstrou convincentemente como vai participar na mudança das posturas dos filósofos divergentes com relação às suas atribuições.

Do mesmo modo, a valorização de fatores subjetivos emprega uma noção de pressuposição das novas teorias propostas. A prática cotidiana prova que a consolidação das estruturas psico-lógicas assume importantes posições no estabelecimento das direções preferenciais no sentido do progresso filosófico. Mill vai modificar essa ideologia substituindo a refutação deste ponto de vista relativista constitui uma propriedade inalienável do sistema de formação de quadros que corresponde às necessidades lógico-estruturais. Como Deleuze eloquentemente mostrou, o início da atividade geral de formação de conceitos obstaculiza a apreciação da importância dos paradigmas filosóficos.

De acordo com as idéias de Deleuze, o desafiador cenário globalizado não oferece uma interessante oportunidade para verificação da natureza não-filosófica dos conceitos. Se estivesse vivo, Foucault diria que o Übermensch de Nietzsche, ou seja, o Super-Homem, reabilita a condição inicial dos conceitos nominalistas. Como afirmou Deleuze, a expansão dos mercados mundiais cumpre um papel essencial na formulação das ciências discursivas. Neste sentido, existem duas tendências que coexistem de modo heterogêneo, revelando o juízo reflexionante do sujeito transcendental deve passar por modificações independentemente das relações entre o conteúdo proposicional e o figurado.

Segundo o genial Heidegger, a prática do bem-viver auxilia a preparação e a composição das múltiplas direções do ponto de transcendência do sentido enunciativo. A ruptura definitiva com Kant é consumada quando o aumento do diálogo entre os diferentes setores filosóficos é condição necessária das convicções empiristas. Foi à leitura dos trabalhos de seu amigo Russell que Moore dedicou mais tempo e cuidado no tratamento da questão sobre se a crescente influência da mídia prepara-nos para enfrentar situações atípicas decorrentes de todos os recursos funcionais envolvidos.

Todas estas questões, devidamente ponderadas, levantam dúvidas sobre se a necessidade de renovação conceitual maximiza as possibilidades por conta dos elementos envolvidos de maneira conclusiva? nada se pode dizer a respeito.

Entendeu alguma coisa? Nem eu! Por isso aproveito para divulgar o divertido site de "gerador de lero-lero filosófico": http://lerolero.hdfree.com.br